09 março 2013

Minha Segunda Gravidez - Post Especial


Hoje temos um post especial, da minha querida amiga Daniela Konkevitz, que engravidou da linda Isabel quando eu estava de 4 meses da Beatriz. Agora ela está grávida do segundinho e vem aqui nos contar essa mistura de sentimentos que vem junto com a segunda gravidez.


"Eu fui uma criança muito maternal. Minhas 3 bonecas preferidas eram tratadas como filhas 24 horas por dia. Meu cachorro, meu pintinho e meus gatinhos também sofriam, digo, sentiam todo meu carinho transformado em cuidados maternais. Eu adorava brincar de ser mãe! Mas a época das brincadeiras foi passando e, chegada a adolescência, a realidade mudou a minha maneira de ver as coisas.

Lembro que a única certeza que eu tive até meus 28 anos foi: eu não quero ter filhos. Não sei bem o que aconteceu em seguida, mas vi renascer naturalmente a tal vontade e resolvi assumir para mim mesma que queria ser mãe, sim. Observando o mundo ao meu redor, passei a aceitar que a decisão de ter filhos era tudo, menos racional. Então eu me entreguei à emoção. Eu e o meu marido começamos as tentativas e três ou quatro meses depois, eu estava grávida da Isabel. Imaginei encontrar um tipo indescritível de amor e foi exatamente o que encontrei. A minha filha é a parte mais fantástica da minha vida! Pelo menos até agora...

A maternidade me trouxe muitas experiências tragicômicas e eu tive muita sorte, muita ajuda (um beijo especial para meu marido, Henrique, e para minha irmã, Aline). Nossa, foi um ano muito trabalhoso e extraordinário! Ao final deste primeiro ano, resolvi desmamar a Isabel e, sem querer, enfrentei uma polêmica por conta disso. Resisti bravamente a muitas críticas por parar de amamentar aos 12 meses, mas também resisti a tantas outras por continuar amamentando depois do 6º mês - vai entender!? Concretizado o desmame, logo em seguida percebi que meu ciclo havia voltado. A natureza foi rápida, viu? Resolvi avisar o Henrique do risco, mas ele me disse: “Dani, não se preocupa. Engravidar não é assim tão fácil”.

Pois então. Como meu anticoncepcional pós-desmame ainda não havia sido iniciado, contei os dias e fiz o beta hCG só pra conferir. Ao receber o “indeterminado”, não conseguia assimilar muito bem o que estava acontecendo. Cinco dias depois, o "positivo" do exame confirmou as suspeitas, mas não abrandou “o” susto! Dois bebês em casa! Já?! Uma diferença de apenas 1 ano e 9 meses entre eles!?! E foi assim que minha segunda gravidez já começou completamente diferente da primeira.

Eu chorei emocionada (de novo) quando ouvi o coraçãozinho do meu segundo filho através da ultrassonografia. Admito, porém, que a conexão com este bebê é diferente, pois as circunstâncias também são. As pessoas se apressam em incutir a culpa nos nossos corações confusos, tratando qualquer dúvida como algo essencialmente negativo. Eu discordo. Isso tudo, essa confusão, tem mais a ver com a situação, nunca com o bebê. Acho que se a intenção de uma pessoa é ajudar uma gestante assustada, apenas compreenda e apoie, não julgue.

Bom, passado o susto do segundo beta hCG positivo da minha vida, minha neurótica preocupação com a saúde do meu bebê e a mania de usar o Google, claro, voltaram! Experimentei a alegria de saber que metade daquela tralha toda que te disseram ser “fundamental” nos primeiros meses do bebê, é inútil (desta vez eles não me pegam!). Percebi que as pessoas te parabenizam de um jeito mais tímido e os mimos praticamente não existem (uma pena!). Você não tem muito tempo pra “ser” grávida. Por exemplo: sabe aquele sono desesperador que toma conta do seu corpo de hora em hora? Pois é, muitas e muitas vezes ele será ignorado em nome do primogênito. Não há mais medo do desconhecido, mas você conhece muito bem o que deve temer. Desta vez eu entendo que a amamentação pode ser muito gratificante, mesmo com 2 episódios de mastite. Meu corpo mudou e vai mudar mais ainda, eu sei. Mas a vaidade muda também, afinal as novas prioridades nos tornam pessoas muito menos superficiais. Acredito que tudo se torna mais intenso. Um exemplo dessa intensidade é que a Isabel há pouco tempo começou a ir para a creche e, de cara, já ficou doentinha. Eu com os sintomas punk dos primeiros meses de gravidez, cuidando da minha filha doente, nossa... achei que iria me perder no caos, mas consegui cuidar de nós todos. Como prêmio, ganhei também muito mais confiança na força que a gente adquire em nome dos filhos. É emocionante!

Sinto, de verdade, que se a Isabel já é a parte mais fantástica da minha vida, ela ganhou alguém tão amado quanto ela para dividir este posto. Entendo que é preocupante por si só listar tudo aquilo que envolve a boa criação de dois filhos, mas é irresistível imaginar (apaixonada!) como tudo ficará ainda melhor agora que esse amor indescritível de mãe poderá ser multiplicado por dois.



4 comentários:

AnaMel disse...

Que post lindo! Eu, como amiga de infância, sei o quanto a Isabel modificou tua vida... e o quanto tu querias que ela tivesse um irmãozinho(a), talvez tenha acontecido antes do esperado... mas nada acontece por acaso! Teus cuidados, teu amor e tua incansável dedicação, é prova irrefutável da incrível mãe que tu és! E agora com mais um pequeno a caminho, tenho cada vez mais certeza disso. Pra mim é uma honra fazer parte dessa história... e agora como dinda! ♥

Bruna Almeida Rolemberg disse...

Oi,
está rolando um sorteio de um layout personalizado no meu blog, venha participar.

http://www.blognossahistoria.com/2013/03/2-sorteio-do-blog-nossa-historia.html

Beijos e boa sorte :D

Mãe da Menina Manú disse...

Amei o post, estou passando por algo bem parecido, minha filha tem 2 anos e eu estou com 12 semanas da segunda gravidez, a diferença é que foi planejado, mas é bem complicado administrar tudo, e a gente realmente não recebe o mesmo apoio e carinho da primeira gravidez, ainda mais quando diz que foi planejado, tendo um outro bebê com menos de 2 anos em casa!! Mas enfim, a gente assumi o risco e vai ser feliz!!

lea disse...

Lindíssimo esse post! Pelo que me contam (tenho 01 menina que veio a muito custo), a segunda gravidês tem menos paparicos mas muito mais segurança e tranquilidade, porque adquirimos isso na "primeira viajem", tudo flui mais calmo e tranquilo porque as mamães assim estão também. Que Deus abençoe sua linda familia.