22 setembro 2016

Carta aos meus filhos

Ser mãe não é fácil. Não é pra qualquer uma.
Não basta apenas querer ser mãe. É preciso querer todo o pacote que vem junto.
Dar carinho, atenção, abdicar de muitas coisas, não esperar que a vida seja a mesma de antes, que as noites sejam iguais a antes... É preciso ter muita, mas muita paciência pra educar, ensinar a diferença entre o certo e o errado. É preciso uma dose imensa de calma, pra não perder o controle e sair batendo no que vier pela frente.
Tudo isso pro bem e pra sanidade de todos. É... não é tarefa fácil. E com isso não estou afirmando que faço exatamente assim. Sim, eu tenho meus surtos diários.
É muita coisa... e às vezes dá uma vontade de fugir.
Mas no segundo seguinte bate o arrependimento por ter tido tal pensamento.
Aí de repente vem uma calmaria, cheia de abraços, beijos, dengos e declarações de amor. Parece que o tempo pára pra assistir aquele momento mágico de amor e cumplicidade entre mãe e filho e entre irmãos e a sensação é a de que o mundo poderia acabar ali que não haveria problema pois a felicidade estava completa.
Ser mãe é um misto de sentimentos que nenhum pai sequer  consegue entender.
É um amor que dói... não porque machuca e sim porque é tão, mas tão grande que transborda e passa por cima de tudo e de todos. É um amor de corpo e de alma.
Dói, cansa, tira nossas noites de sono e muitas vezes nos adoece, mas nos faz bem!
Um bem imensurável. Um bem que nos faz querer duplicar todos esses sentimentos.
E é por isso que acabamos querendo um segundo filho.
Então imagine passar por tudo isso duas vezes.
É muita loucura! É muito amor!
É uma mudança na vida que não tem explicação.
Ser mãe não é fácil...mas é recompensador!

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